A teoria da resolução dos problemas aplicada a idosos na prevenção da diabetes mellitus tipo 2 para promover aliteracia em saúde
Palavras-chave:
Literacia em saúde, Diabetes mellitus tipo 2, Prevenção, IdososResumo
Introdução: Nos últimos anos, registou-se um aumento crescente da incidência e prevalência da diabetes mellitus tipo 2 que afeta já 415 milhões de pessoas no mundo, com previsão de subida para 642 milhões em 2040 (OND, 2015). Em Portugal, mais de 1 milhão de pessoas sofrem desta doença, com aumento da prevalência de 23% (DGS, 2017) nas idades dos 65-74 anos. A literacia em saúde assume um papel determinante na gestão, controlo e prevenção da doença em geral.
Objetivo: Descrever o nível de literacia em saúde a um grupo de idosos de um Centro de Dia da área de Lisboa e a associação aos conhecimentos insuficientes no campo das doenças crónicas, estilos de vida e aspetos educacionais, fazendo a ponte com a teoria de resolução de problemas de Kim e Grunig (2011).
Metodologia: Estudo descritivo com amostra por conveniência. Recolheram -se os dados após consentimento informado dos idosos, através de um questionário, European Health Literacy Survey (HLS-EU-PT), traduzido e validado para Portugal.
Conclusão: A baixa literacia em saúde está diretamente relacionada com os conhecimentos insuficientes no campo das doenças crónicas. Sendo que os estilos de vida estabelecem uma relação direta de causa e consequência com o desenvolvimento de doenças crónicas, torna-se fundamental assegurar intervenções ajustadas à promoção da literacia direcionada às carências da população idosa (Davey et al., 2015). Constatamos que existem padrões alimentares que não seguem as orientações da DGS no que diz respeito ao PNSI (2004). Uma intervenção na comunidade através de um programa estruturado de literacia em saúde que baixe os constrangimentos, aumente o conhecimento e a motivação para o aumento da atividade física e uma alimentação saudável, tem efeitos significativos na saúde sobre os fatores de risco da diabetes (Jenum et al,2006).
Referências
American Diabetes Associations. (2019). Standart of medical carein diabetes-2019.Diabetes care,42(1).ISSN:0149-5992.
Bandura, A. (Ed.). (1999). Self-efficacy in changing societies. New York: Cambridge University Press.
Bandura, A. (1977). Self-efficacy: Toward a unifying theory of behavior change. Psychological Review, 84(2), 191-215. doi:10.1037/0033-295X.84.2.191
Belim, C., & Vaz de Almeida, C. (2017). Healthy thanks to communication: A model of communication competences to optimize health literacy: Assertiveness, clear language, and positivity. In V. E. Papalois & M. Theodospoulous (Eds.), Optimizing health literacy for improved clinical practices (pp. 124-152). Hershey, PA: IGI Global.
Benavente, A. e outros (1996), A Literacia em Portugal: Resultados de uma Pesquisa Extensiva e Monográfica, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Campos, M., Monteiro, J., Ornelas, A. (2000). Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Revista Nutrição. 3(3). Acedido em: 07-08-2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141552732000000300002.
Davey, J., Holden, C. A., Smith, B. J. (2015). The correlates of chronic disease-related health literacy and its components among men : a systematic review. BMC Public Health, 15 (589). Doi: 10.1186/s12889-015-1900-
Direção-Geral da Saúde. (2004).Programa nacional para a saúde das pessoas idosas. Lisboa. Direção-geral da saúde.
Direção-Geral da Saúde. (2016). A saúde dos portugueses. Lisboa. Direção-geral da saúde.
Direção-Geral da Saúde. (2017). Programa Nacional para a Diabetes 2017. Lisboa. Direção-geral da saúde.
Doak C. C., Doak L. G., Friedell, G. H., & Meade, C. D. (1998). Improving comprehension for cancer patients with low literacy skills: strategies for clinicians. Ca: A Cancer Journal for Clinicians.48(3), 151–162.
Doak., C.C., Doak, L., G., & Root. J. H. (1996). Teaching patients with low literacy. Filadelfia: J. B. Lipincott Company
Espanha, R., Ávila, P. (2016). Health literacy survey Portugal: Contributions for the knowledge and health and communications. Procedia Computer Science, 100, 1033-1041. Doi: 10.1016/j.procs.2016.09.277.
Grunig, J. E. & Hunt, T. (1984) Managing public relations, Nova Iorque: Holt, Rinehart e Winston.
Grunig, J. E. (1993). Implications of public relations for other domains of communication. Journal of Communication. 43(3), 164-173.
Grunig, J. E. (1997). A situational theory of publics: Conceptual history, recent challenges and new research. In D. Moss, T. MacManus & D. Vercic (Eds.), Public relations research: An international perspective (pp. 3-48). London: International Thomson Business Press.
Hallahan, K. (2000). Inactive publics: The forgotten publics in public relations. Public Relations Review, 26(4), 499-515.
Hallahan, K. (2000). Inactive publics: The forgotten publics in public relations. Public Relations Review, 26(4), 499-515.
Hibbard, J., & Gilburt., H.(2014). Supporting people to manage their health. An introduction to
patient activation. King’s Fund.
Huizinga, M. M., Carliste, A. J., Cavanaugh, K. L., Davis, D. L., Gregory, R. P.,Schlundt, D. G., Rothman, R. L. (2009). Literacy, numeracy, and portion- size estimation skils. American Journal of Preventive Medicine, 36(4), 324-328. Doi: 10.1016/j.amepre.2008.11.012.
Jenum, A.K. et al (2006). Promoting physical activity in alow-income multiethnic district: effects os a Community intervention Study to reduce risk factos for type 2 diabetes: a Community intervention reducing inactivity. Diabetes Care, 29(7), 1605-1612.DOI:10.2337/dc05-1587.
Littlejohn, S. W. (1982). Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
Observatório Nacional da Diabetes (2015).Diabetes: factos e números 2015. Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes.Lisboa:SNS
Panagioti, M., Skevington, S. M., Hann, M., Howells, K., Blakemore, A., Reeves, D., Bower, P. (2018). Effect of health literacy on the quality of life of older patients with long-term conditions : a large cohort study in UK general practice. Quality of Life Research,27 (5) 1257-1268. Doi:10.1007/s1136-017-1775-2
Pedro, A. R., Amaral, O., & Escoval, A. (2016). Literacia em saúde, dos dados à ação: Tradução, validação e aplicação do European Health Literacy Survey em Portugal. Revista Portuguesa de Saúde Publica 34(3), 259-275.
Saboga-Nunes, L. (2014). Literacia para a saúde e a conscientização da cidadania positiva. Revista de Enfermagem Referência, 3 (11), 94-99.
Sorensen, K., Van den Broucke, S., Fullam, J., Doyle, G., Pelikan, J., Slonska, Z., & Brand, H. (2012). Health Literacy and public health: A systematic review and integration of definitions and models. BMC Public health, 12, 80.