Avaliação da formação técnica em informação em saúde para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor Leste: alguns pontos para reflexão

Autores

  • Maria de Fátima Moreira Martins

Resumo

A formação de profissionais de informação em saúde há muito ocupa espaço nas discussões relativas ao desenvolvimento de recursos humanos, nas cooperações técnicas com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor Leste (PALOP e TL). Tais desafios consistem em formar profissionais da informação em saúde, para atuar nas bibliotecas, centros e/ou serviços de informação e documentação em Saúde, com competências complexas, no sentido de assumirem uma nova postura e iniciativa em prol da qualidade dos sistemas de saúde. Nesse contexto, com a implantação, em 2012, da Formação Técnica em Informação em Saúde para os PALOP e TL, em Cabo Verde, destacou-se a preocupação com a avaliação, com vista a contribuir para a elaboração de planos de aperfeiçoamento, permitindo, assim, o melhoramento da qualidade de ações futuras na produção de formações nesta modalidade. Para consecução dos objetivos da ação formativa buscou-se uma metodologia inovadora, tendo, como principal ferramenta, a aplicação dos conteúdos para os problemas locais, propiciando, assim, o desenvolvimento de habilidades de reflexão tão necessárias para a formação plena do profissional da informação em saúde, preparando-o para atender às demandas da sociedade atual. Após a imersão nos conteúdos com os alunos, partiu-se para a prática, responsabilizando cada professor e alunos sobre o importante papel que cada um tinha a desempenhar a partir de então. Trata-se de um estudo de caso, de natureza descritiva e exploratória, sob o enfoque quantitativo e qualitativo da formação. Para a construção dos dados foram analisados os documentos relacionados a formação, tais como a proposta pedagógica, o plano de curso, relatórios, instrumentos de avaliação e questionários. Os achados dessa avaliação poderão contribuir para melhorar a qualidade das formações futuras, por meio das reflexões sobre os problemas técnicos, infra-estruturais e pedagógicos enfrentados, bem como ajustes e reformulações, uma vez que o projeto político/pedagógico é dinâmico e deve passar por constantes avaliações, avaliar o desempenho dos professores e alunos nas disciplinas, favorecer a reflexão dos atores envolvidos sobre a importância de sua inserção no processo de formação, além de contribuir para delinear a demanda de competências básicas para criar, manter e gerir bibliotecas de saúde nas instituições públicas e acadêmicas da área da saúde nos PALOP e TL.

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